Não é novidade para ninguém que a transição tecnológica conseguiu, principalmente neste período de distanciamento social, quebrar paradigmas na educação.
Até então, tecnologia em sala de aula não era algo muito incentivado pelas escolas e professores.
A tecnologia já era um caminho sem volta mesmo antes da pandemia. Acompanhamos o surgimento de várias EdTechs no mercado, direcionando seus serviços em educação para vários segmentos: cursos livres, preparatórios para concursos, treinamentos corporativos, entre outros.
As Universidades também enxergaram oportunidade no ensino a distância, pois a redução dos custos operacionais e a venda de ativos como prédios reduziriam exponencialmente as despesas.
De acordo com dados do mercado, o EAD (Ensino a Distância) cresce 17% ao ano e já representa 26% da educação no país, com expectativa de chegar a 51% até 2023.
15 milhões de pessoas (público potencial) estão fora da Universidade e 67% só podem pagar pelo preço menor, que é oferecido no ensino a distância.
Em conjunto com o mercado educacional, pesquisas da Global Learning Survey apontam mudanças comportamentais nas pessoas que buscam por formação e qualificação profissional.
Movimentos da educação aliados à tecnologia
Basicamente, temos 4 (quatro) movimentos, que estão remodelando a educação:
- Faça-você mesmo (Self-service) – Pessoas buscam remodelar seus conhecimentos aprendidos no ensino formal, combinando conhecimentos que funcionam e que elas possam pagar para se prepararem para a nossa economia. Há também, nessa cultura, pessoas que aprendem sozinhas, usando recursos disponíveis e gratuitos na internet.
- Lifelong Learning – É, de fato, a nova realidade global que estamos vivendo, com profissionais que buscam se manter atualizados ao longo de suas carreiras. Os brasileiros acreditam que o ensino não termina com a escola ou a formação.
- Soft skills – habilidades humanas que contribuem na resolução de problemas, tais como o pensamento crítico, a criatividade, entre outras que acreditam ser necessário nos cursos.
- EAD (Ensino a distância) – Embora os itens anteriores também estejam dentro desta modalidade, podemos citar o ensino básico, fundamental e superior, que até pouco tempo atrás eram presenciais, mas em plena transição para o online.
Em resumo, a pesquisa apresenta os seguintes indicadores:
- 80% das pessoas tem expectativa de mudança no ensino básico e superior e 90% esperam que o ensino seja virtual;
- Pandemia acelera a tecnologia e o ensino a distância;
- 60% valorizam o diploma e o associam ao sucesso profissional;
- 88% das instituições de ensino não maximizam seus recursos em prol das classes desfavorecidas e incentivos públicos;
- 76% das pessoas repensam suas trajetórias profissionais e 59% tem medo de mudar;
- 75% acreditam em aprendizagem self-service;
- 82% acreditam em cursos de curta duração gratuitos;
- 88% acreditam no life-learning;
- 84% buscam novas habilidades;
- 72% querem estar ativos após a aposentadoria
- 78% admitem a necessidade de desenvolver soft-skills, enquanto 87% dos brasileiros acreditam que Universidades deveriam preparar melhor seus alunos para o mercado de trabalho.
A educação está se remodelando e não podemos desconsiderar as editoras no segmento de educação, que deverão se reposicionar no mercado, estreitando os elos de sua cadeia de relacionamento com a escola e com alunos, por meio de recursos e ferramentas digitais.
Ainda estamos em plena transição, pois alunos assistem aulas online e ainda utilizam livros físicos, dificultando a atuação do professor a distância.
Devemos considerar que esse mercado ainda tem muito a ser transformado, adotando livros didáticos e suplementares em ambientes de aprendizagem digital, onde todo o processo de conteúdo e atividades estejam integrados na plataforma de ensino a distância.
Os dispositivos, que antes eram proibidos durante a aula, hoje e num futuro mais que próximo é essencial.